Os cinco sentidos na terceira idade
(por: Maíra Batistoni e Silva)
Todo
ser vivo possui um tempo limitado de vida, compreendido entre o
nascimento e a morte. A vida dos seres vivos pode ser dividida em três
fases: a fase de crescimento e o desenvolvimento, a fase reprodutiva e a
senescência ou envelhecimento. Durante a primeira fase, ocorre o
desenvolvimento e crescimento dos órgãos, o organismo cresce até seu
corpo desenvolver todas as funções para mantê-lo vivo e torná-lo apto à
reprodução. A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de
reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivência e perpetuação de
sua espécie. A terceira fase, a senescência, é caracterizada pelo
declínio da capacidade funcional do organismo. Com o passar dos anos, os
cinco sentidos tornam-se menos eficientes, interferindo na segurança,
nas atividades diárias e no bem-estar geral do indivíduo.
Vamos
ver agora quais são as consequências do envelhecimento no funcionamento
dos cinco sentidos (olfato, paladar, tato, visão e audição).
O olfato e o paladar
A
redução do olfato na fase da velhice é pouco estudada, mas atualmente
sabe-se que a diminuição da percepção dos cheiros inicia-se na
meia-idade e progride ao longo da senescência, podendo interferir na
qualidade de vida do idoso. Já as papilas gustativas da boca,
responsáveis pelo paladar, diminuem cerca de 60%.
O
paladar e o olfato reduzidos na senescência podem ocasionar problemas
nutricionais, pois a falta de percepção do sabor e aroma dos alimentos
reduz o interesse pela alimentação, causando a desnutrição ou, ao
contrário, pode levar o idoso a adicionar mais sal, açúcar e gordura
para intensificar o sabor dos alimentos, o que pode aumentar a
incidência de doenças comuns desta faixa etária, tais como hipertensão,
diabetes e doenças cardíacas.
O tato
O
tato também é reduzido gradualmente durante o envelhecimento. A perda
da capacidade de perceber a textura, a temperatura e a consistência dos
materiais ocasiona dificuldades na realização de atividades motoras
finas, tais como contar dinheiro, costurar, escrever, virar páginas de
livros e revistas.
A visão
Ao
longo do envelhecimento, a visão pode ser efetuada de diferentes
formas, tais como: diminuição da percepção de cores e do campo visual,
dificuldade de enxergar com baixa luminosidade, de perto e/ou de longe.
Além disso, a visão pode ser afetada por doenças comuns entre os idosos,
como a catarata e o glaucoma. A perda da capacidade visual interfere
muito na qualidade de vida dos idosos, pois é o sentido que mais
utilizamos para receber informações do ambiente e interagir com as
coisas e pessoas que nos cercam. Isto sem falar no aumento de acidentes
que podem ser ocasionados pela diminuição da visão, como, por exemplo,
tropeços e atropelamentos.
A audição
A
redução da audição pode ocorrer por alterações em qualquer uma das
etapas do trajeto entre a captação do som no ouvido até a sua
interpretação pelo cérebro. Essas alterações ocorrem progressivamente ao
longo do processo de envelhecimento e podem atingir 70% dos indivíduos
com mais de 75 anos. A perda da capacidade auditiva também diminui a
qualidade de vida dos idosos, pois dificulta o diálogo com outras
pessoas.
Cuidados para melhorar a qualidade de vida na senescência
Apesar
da diminuição da capacidade funcional dos cinco sentidos, velhice não é
sinônimo de doença, tristeza e inatividade e pode ser uma fase vivida
com saúde e alegria. Para isto, é importante compreender e aceitar o
processo, pois ele faz parte da vida e todos nós passaremos por ele um
dia. O segundo passo para quem quer ter qualidade de vida com 60, 70, 80
ou 90 anos é começar a se cuidar agora!
Hábitos
como a prática de atividades físicas, alimentação equilibrada, sono
adequado e hidratação constante do corpo e da pele são fundamentais para
evitar maiores perdas dos sentidos. Além disso, os médicos lembram a
costumeira recomendação contra o consumo de drogas, que podem acelerar a
degeneração da capacidade sensitiva.
No
caso da audição, é possível prevenir maiores danos evitando exposição
excessiva a ruídos. Já no caso da visão, ainda não é possível retardar a
chegada de problemas como catarata, mas o uso de óculos escuros com
proteção ultravioleta diminui o risco de cegueira, doença que atinge de
6% a 10% da população com mais de 80 anos.
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